Redutores mecânicos: A escolha adequada para o controlo de torque, velocidade e rotação
Em sistemas onde exista transmissão de potência, a aplicação de um redutor mecânico pode ser o fator chave na otimização das operações e na melhoria dos resultados de cada etapa de produção.
Para cada processo dependente de um acionador (motor) há um conjunto de requisitos específicos quer de potência, quer de velocidade e torque. Na maioria dos casos, onde a carga exige torque alto em velocidade baixa, é necessário a utilização de um redutor mecânico de forma a ser eficiente. Sem o redutor, seria necessário um motor com maior capacidade de torque, o que aumentaria significativamente os custos de compra e manutenção, além de exigir mais espaço para a instalação.
Assim, e apesar de existirem outros tipos de redução, tais como polias/correias ou carretos/corrente – em que é possível variar rácio de redução e de substituição mais simples -, os redutores mecânicos apresentam um conjunto de vantagens de entre as quais se destacam:
- Tamanho compacto.
- Baixo ruído e vibração.
- Eficiência elevada.
- Robustez mecânica elevada.
- Maior vida útil.
- Proteção externa contra agentes externos (corrosão, pó, líquidos).
Partilhamos consigo as características mais importantes que deve verificar, de forma a garantir a escolha do redutor mais adequado.
Compreender as Necessidades Operacionais
Para garantir a escolha do redutor certo, é essencial ter em conta os parâmetros da sua operação:- Carga: Variação e magnitude do binário e a presença de choques.
- Periodicidade: Trabalho contínuo ou intermitente, por quantas horas/dia.
- Velocidades: Compatibilidade com a velocidade de entrada e requisitos de binário de saída, de forma a assegurar que o redutor fornece a redução ou aumento desejado.
- Equipamentos pré-existentes: Tipo de motor acoplado (flange B5, B14).
- Montagem:
- Por Base ou Pés (Patas): para aplicações onde deva permanecer estacionário e bem ancorado a uma superfície plana.
- Por Flange: para aplicações de conexão robusta e alinhada com o equipamento, com fixação por meio de placa circular com furos para parafusos (flange).
- Direta no Eixo: para eliminar a necessidade de acoplamentos adicionais, sendo a fixação feita por chavetas ou similares.
- Geometria: Espaço disponível para colocação e posição do eixo de saída.
- Peso do Redutor: Especialmente em montagens feitas sobre o eixo, para evitar danos no motor.
- Sentido de Rotação e Reversibilidade: Qual o sentido em que o eixo deverá rodar e se é necessário inverter o seu sentido.
- Condições Ambientais: Temperatura ambiente, contaminantes e necessidade de vedação ou pintura especial.
- Exposição: Colocação no exterior ou interior de edifícios.
Nota importante sobre o Fator de Serviço (FS):
Este é um dado simples que indica se o redutor está adaptado a uma determinada aplicação. Representa uma margem de segurança aplicada à potência nominal de um componente para compensar condições adversas e visa orientar a escolha de um redutor de modo a garantir a sua resiliência face às possíveis variações de carga a suportar e à natureza dessas cargas, às horas de funcionamento por dia e ao número de arranques por hora.
Por uma questão de segurança e durabilidade, quando montados em motores elétricos, o Fator de Serviço deverá sempre ser superior ao exigido pela aplicação (FS>FS aplicação, min FS>1,0).
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